Francisco José, do Globo Repórter, fala de ecologia, jornalismo e de sua história na abertura do Espaço Defensor /2011
Para o repórter, integração dos meios de comunicação com a Justiça é importante para fortalecimento da cidadania
Mais de 50 defensores lotaram o auditório da sede da Defensoria Pública de Pernambuco na noite de quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011, para ouvir o repórter Francisco José, da Globo Nordeste, falar sobre sua história, suas reportagens e suas andanças pelo Brasil e pelo mundo. Ele abriu o Espaço Defensor de 2011, série de palestras com formadores de opinião e expoentes profissionais criada no ano passado pela defensora pública Geral, Marta Maria de Brito Alves Freire.
O tema da palestra seria as reportagens sobre meio ambiente que Francisco José faz há mais de 30 anos para o programa Globo Repórter e para os noticiários da emissora e ele efetivamente mostrou imagens impressionantes, como os dragões da Indonésia, as centenas de tubarões no meio dos quais nadou na Costa Rica, mergulhos no ar, na água e em cavernas da na Chapada Diamantina, ataques de cobras e jacarés no Pantanal e aves e mamíferos da África.
A conversa mudou aos poucos com ele contando sua trajetória na Rede Globo, para onde foi depois de ser repórter esportivo no Jornal do Commercio. E terminou com uma profissão de fé na cultura nordestina. No início, tentaram mudar meu jeito de falar, mas eu recusei. Assim como recusei também mudar-me daqui, já que sou de Pernambuco e aqui quero viver.
Ele contou também que, nas primeiras reportagens que fazia, se emocionava com a pobreza e a fome do sertão nordestino e se revoltava com o vazio em que caíam denúncias que fazia depois de árdua pesquisa. Hoje, graças ao Ministério Público e outras instituições como a Defensoria, a impunidade já não é tão grande, comentou. Esse trabalho é importante e a integração com a mídia pode fortalecer ainda mais todos os.
Ao ser indagado por Marta Freire sobre que conselhos ele daria aos defensores públicos para manter o bom relacionamento entre os meios de comunicação e a instituição, ele foi modesto. Quem sou eu para aconselhar, disse. Só gostaria de mostrar como podem ser devastadoras as tentativas de bloquear os meios de comunicação. E dizer também que não é preciso ser impostado e ter medo de falar mal para as câmeras. Quem tem conteúdo e sabe o que precisa dizer sempre vai falar bem na imprensa, no rádio ou na televisão.
Ele disse ainda as instituições públicas, como a Defensoria, deve vir aos meios de comunicação para explicar seu trabalho e sua missão. Estes últimos dias foram um exemplo, vocês apareceram muito bem nos meios de comunicação e até eu fiquei sabendo de ações da Defensoria das quais não tinha idéia, contou ele. Podem ter certeza de que, quando houver um bom assunto, a televisão e os outros veículos de comunicação estarão abertos para vocês.
Como homem de mídia há mais de três décadas, Francisco José não escapou dos fãs que o abordaram antes e depois de sua fala. Simpático e disponível, ele conversou com todos, fez fotos com quem pediu e ainda demorou-se mais de uma hora e meia respondendo à curiosidade dos defensores públicos. No fim, Marta Freire agradeceu a gentileza da visita e o presenteou com uma peça de Brenan. Francisco José terminou por contar qual será sua próxima grande reportagem. Vamos mostrar a nascente do Amazonas para provar que, ao contrário do que aprendemos na escola, nosso rio é maior em volume de água e também em extensão que o Nilo, onde já estive também.
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